Uma onda de ataques assusta a população do Rio de Janeiro. Traficantes fazem manifesto de revolta com a instalação de UPPs em favelas, colocando fogo em veículos nas ruas da cidade, fazendo arrastões e atacando forças de segurança . Desde os atendados iniciados no último domingo, até o momento, o números de ataques registrados pela PM são de 55 veículos queimados, entre carros, motos, ônibus e caminhões.
Na noite do dia 24 de novembro, muitas pessoas saíram do trabalho mais cedo como medida de segurança. Os acontecimentos ocorrem em toda a cidade, houve registro em Botafogo e Laranjeiras, na Zona Sul, na Barra da Tijuca, Santa Cruz e Campo Grande, na Zona Oeste, no Rio Comprido, Vila Isabel, Tijuca e Madureira, na Zona Norte, entre outros diversos locais. Em alguns bairros, o comércio foi fechado.
A Polícia Militar conta com o apoio de seis veículos blindados da Marinha, de dezenas de veículos do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e de dois caminhões que saíram do quartel dos fuzileiros navais, em Duque de Caxias. Uma megaoperação foi realizada no conjunto de favelas da Penha, com o objetivo de ocupar a Vila Cruzeiro, onde há uma concentração de bandidos. Cerca de 150 policiais entraram na favela sob o comando do Bope, com o auxílio da Marinha.
Com a segurança reforçada na cidade, policiais conseguiram evitar novos ataques à veículos na Avenida Brasil. Segundo a PM, 55 suspeitos foram presos, 121 pessoas foram detidas, 29 armas curtas foram apreendidas, além de 11 fuzis, 2 espingardas e 5 granadas.
O clima é de tensão entre a população carioca, principalmente na região do Complexo do Alemão, onde a polícia realiza megaoperação contra os bandidos. A orientação da Secretaria de Segurança é para que as pessoas fiquem em casa, buscando locais seguros.
Segundo o prefeito Eduardo Paes, a polícia não vai recuar diante das ações dos traficantes. Paes afirmou que a segurança será reforçada em todo o Rio de Janeiro. Para o prefeito, o que está acontecendo na cidade é classificado como terrorismo, mas a garantia é que os bandidos não irão fazer o que desejam.
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